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Prescrever auto-hemoterapia é ato de humanidade - Estudos Clínicos


TRATAMENTO DE FERIDAS ATRAVÉS DA 
AUTO HEMOTERAPIA: 
UM ESTUDO DE CASO CLÍNICO
Autor: GEOVANINI, Telma

Resumo: Neste estudo, apresentamos através de acompanhamento sistematizado com exames clínicos, registros no prontuário e registros fotográficos das lesões, o caso da cliente ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnostico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo e outra ferida com cratera profunda na mama direita . A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas vezes os órgãos internos. É classificada como doença auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico nestas doenças é ativado para agredir os tecidos do próprio organismo. A paciente em questão apresentava a forma sistêmica (esclerose sistêmica) que afeta os órgãos e sistemas internos do organismo. Submetida à auto hemoterapia com aplicações de 20 ml de sangue uma vez por semana durante 4 meses e limpeza das feridas com solução isotônica de cloreto de magnésio a 10%, a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com remissão dos sintomas e granulação de 70% da área afetada nos MMII, enquanto que a ferida da mama cicatrizou totalmente. 
Palavras chave: auto hemoterapia, medicina alternativa, esclerodermia, imunologia
Introdução 
As células do sistema monocítico fagocitário - SMF são especialistas em fagocitose e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos alveolares, micróglia, células de Kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e macrófagos em geral, sendo os macrófagos comprovadamente células de altíssimo poder fagocitário, atuantes no processo de cicatrização. ABBAS (2003) A auto-hemoterapia visa a autoestimulação do sistema imunológico através da retirada de determinado volume de sangue venoso do paciente e aplicação deste mesmo volume por via IM, dividindo-se o volume em 2 ou mais partes, técnica simples que estimula o aumento dos macrófagos pela medula óssea, indicada especialmente em doenças auto imunes. “Antes da aplicação do sangue, em média a contagem dos macrófagos gira em torno de 5% .Após a aplicação a taxa sobe e ao fim de 8 horas chega a 22%. Durante 5 dias permanece entre 20 e 22% para voltar aos 5% ao fim de 7 dias a partir da aplicação da auto hemoterapia. O retorno aos 5% ocorre quando não há sangue no músculo.” MOURA (2006) A terapia funciona complementando a ação da antibioticoterapia que paralisa a reprodução de microorganismos, enquanto o sistema imunológico ativado, vence a infecção. MICHAEL W (1992). A esclerodermia é uma doença do tecido conjuntivo que afeta a pele, e algumas vezes os órgãos internos. É classificada como doença auto-imune devido ao fato de que o sistema imunológico nestas doenças é ativado para agredir os tecidos do próprio organismo. A paciente em questão apresentava a forma sistêmica (esclerose sistêmica) que afeta os órgãos e sistemas internos do organismo. CLAMAN HN (1999), Na esclerose sistêmica, o sistema imunológico costuma causar dano a duas áreas principais: os vasos sangüíneos de pequeno calibre e as células produtoras de colágeno localizadas na pele e em todo o organismo. É o componente colágeno da doença o responsável pelo espessamento da pele. De acordo com UMEHARA H et al (1990), até o presente momento, não há cura para a esclerodermia, apenas tratamento e minimização dos sintomas e complicações decorrentes.
Objetivos 
Demonstrar a efetividade do uso da auto-hemoterapia em feridas e lesões da pele. Contribuir com pesquisa em Práticas Integrativas e Complementares com vistas ao aprimoramento da atenção à saúde no Brasil, avaliando eficiência, eficácia, efetividade e segurança dos cuidados prestados. Metodologia Estudo de caso clínico de caráter quanti qualitativo, método descritivo, realizado através de acompanhamento médico e de enfermagem sistematizado, com exames clínicos e registros criteriosos da evolução da cliente no prontuário, complementados com documentação fotográfica seriada das lesões.
Discussão e resultados 
ADB, 48 anos, branca, do lar, diagnostico de esclerodermia, portadora de extensas feridas com predominância de tecido necrótico, envolvendo os membros inferiores dos joelhos para baixo e outra ferida com cratera profunda na mama direita. Iniciou tratamento com a auto-hemoterapia em agosto de 2006, recebendo durante quatro meses aplicações de 20ml de sangue nas 12 primeiras semanas e 10ml da 13. semana em diante. O sangue era colhido de veias periféricas, escolhidas criteriosamente alternando-se semanalmente os locais da punção nos MSD e MSE da cliente. As injeções do sangue colhido foram feitas nos músculos ventroglúteo, glúteos máximo e mínimo direito e esquerdo, também se alternando as regiões de aplicação e aplicando-se 5ml em cada uma de quatro regiões, por via intra muscular profunda, utilizando-se seringa de 20ml e agulha 25 X 7 para a punção e 30X8 para as aplicações. A limpeza das feridas era realizada nas mesmas ocasiões com técnica limpa, constando de irrigação direta das lesões com solução isotônica de cloreto de magnésio a 10%. O uso do cloreto de magnésio para limpeza de feridas é defendido por MOURA (2006), que assegura funcionar melhor que qualquer desinfetante, sendo utilizado em nossa prática corrente. Ele regula o metabolismo de cálcio no organismo impedindo as calcificações, ativa o sistema imunológico e atua nas bursites e osteoporose. GEOVANINI(2006). Foi recomendada a suplementação alimentar calórico-protêica da cliente e sua movimentação ativa e passiva, alternada com repousos diários com os MMII elevados de 30 a 45 graus. Procurou-se oferecer uma assistência integral, com abordagem nos aspectos bio-psicoespirituais da cliente, oferecendo-se apoio emocional e estímulo à interação participativa da mesma em todo o processo. Ao final do tratamento a cliente apresentou melhora acentuada do quadro clínico, com remissão dos sintomas e granulação de 70% da área afetada nos MMII, enquanto que a ferida da mama cicatrizou totalmente, como pode ser comprovado nos registros fotográficos.
REGISTRO FOTOGRÁFICO DAS LESÕES 
Fig. 1 MID - Início do tratamento em 09/08/2006 Fig 2. MID - 10a aplicação de auto-hemoterapia em 10/10/2006 Fig 3 MID – 21a. aplicação de auto-hemoterapia em 20/12/2006 Fig. 4 Mama direita no início do tratamento Fig. 5 Mama direita ao final do tratamento Conclusão Neste estudo de caso, utilizou-se como tratamento base a auto-hemoterapia, terapia alternativa que se por um lado foge dos domínios da especulação científica, por outro parece que se afirma cada vez mais com a observação sistematizada dos fatos, algo que vive e manifesta-se com êxito crescente na prática clínica, embora ainda não tenha sido classificada e sistematizada pelo positivismo da ciência médica contemporânea. A auto-hemoterapia, parece que se enquadra nesse impulso pós moderno. Diante das evidências inequívocas deste estudo, concluímos que a auto-hemoterapia como fator de incremento da imunidade natural do organismo, mostrou-se eficiente ao ser utilizada como um tratamento coadjuvante em feridas e lesões da pele. Parafraseando KUHNE.L. (2000), podemos dizer que coube a nós, terapeutas holísticos do século XXI, a singela incumbência de expor um pensamento diferente sem veleidades de crítica nem propósitos pré- concebidos. 

Referências Bibliográficas 
ABBAS, Abul. Imunologia celular e molecular. 4. ed. Rio de Janeiro; Revinter 2003. 
MOURA, Luiz. Auto hemoterapia, multimídia DVD, 2006. 
MICHAEL W. Mettenleiter, M.D. Autohemotransfusion in preventing postoperative lung complications, FACS, 1992. 
CLAMAN HN. On scleroderma, mast cells, endothelial cells and fibroblasts. JAMA 1999; 262: 1.206-9. UMEHARA H, KUMAGAI S, MURAKAMI M et al. Enhanced production of interleukin1 and tumo necrosis factor alfa by cultured peripheral blood monocytes from patients with scleroderma. Arthritis Rheum 1990; 33: 893-7. 
GEOVANINI, Telma. Manual de Curativos. São Paulo: Ed. Corpus, 2006. 
KUHNE. Louis. Água: A nova ciência de curar. 7a.ed.SP: Hermus, 1996.


Uso da auto hemoterapia como fator Coadjuvante no Tratamento da Psoríase Vulgar - Autores: GEOVANINI, Telma; MATOS, Talita 
Resumo 
Neste estudo de caso clínico sistematizado descrevemos através de registros de prontuários (fontes primárias) e registros fotográficos de lesões, o relato do caso da cliente MGSS, 59 anos, negra, do lar, com diagnóstico de psoríase vulgar apresentando múltiplas lesões de placas bem demarcadas, de tamanhos variados com coloração avermelhada por todo o corpo. A psoríase é uma doença auto-imune onde as lesões iniciais estão associadas a infiltrados dérmicos perivasculares de linfócitos e fagócitos mononucleares onde os neutrófilos podem aparecer no interior da epiderme criando microabcessos. Submetida ao tratamento de auto-hemoterapia com 20 aplicações de 10 ml de sangue, uma vez por semana, durante 5 meses, associado ao uso de óleo de alecrim nas lesões, a cliente apresentou melhora significativa do quadro sintomático.
Introdução 
As células do sistema fagocitário – SMF são especialistas em fagocitose e apresentação de antígeno ao exército do sistema imune. São elas: macrófagos alveolares, micróglia, células de kuppfer, células dendríticas, células de Langehans e macrófagos em geral, sendo os macrófagos comprovadamente células de altíssimo poder fagocitário, atuantes no processo de cicatrização. ABBAS (2003). A autohemoterapia visa a autoestimulação do Sistema Retículo Endotelial (SER), com conseqüente aumento da concentração dos macrófagos no tecido conjuntivo por meio da retirada de determinado volume de sangue venoso do paciente e subseqüente e imediata reintrodução no organismo por via intramuscular. A superativação do Sistema Retículo Endotelial promove a concentração dos macrófagos, conseqüentemente a medula óssea passa a produzir mais monócitos. Antes da aplicação de sangue, em média a contagem dos macrófagos gira em torno de 5%, após a aplicação de sangue a taxa vai subindo gradativamente e ao fim de 8 horas chega a aproximadamente 22% permanecendo nesse índice durante os próximos 5 dias, decrescendo progressivamente até chegar a 5% ao fim de 7 dias a contar a partir do dia da última aplicação de auto-hemoterapia. MOURA (2006). A terapia visa paralisar a reprodução de microrganismos enquanto o sistema imunológico ativado concomitantemente vence a infecção. A psoríase vulgar é uma dermatose crônica, inflamatória, não contagiosa, multigênica, caracterizada por placas e pápulas descamativas, bem delimitada de tamanhos variados. É considerada uma doença auto-imune onde as lesões iniciais estão associadas a infiltrados dérmicos perivasculares de linfócitos e fagócitos mononucleares, onde os neutrófilos podem aparecer no interior da epiderme criando microabcessos. Até o momento não existe cura para a psoríase, dispomos somente de tratamentos que buscam reduzir as complicações e minimizar os sintomas.
Objetivos 
Demonstrar a efetividade da auto-hemoterapia em lesões da pele. Contribuir para validar a auto-hemoterapia como tratamento complementar considerando as necessidades atuais que comprovem a efetividade deste processo. 
Metodologia 
Estudo de caso descritivo com abordagem quanti qualitativa realizada através de acompanhamento sistematizado de enfermagem, análise de prontuários e registros fotográficos seriado das lesões.
Discussão e resultados 
A cliente MGSS, 59 anos, negra, dólar, com diagnóstico de psoríase vulgar, portadora de múltiplas lesões predominadas por placas avermelhadas por todo corpo. Foi submetida ao tratamento de auto-hemoterapia a iniciar-se em março de 2007, recebendo 10ml de sangue, uma vez por semana, durante 5 meses, totalizando 20 aplicações. O local de punção era escolhido de forma criteriosa, alternando-se os membros superior direito e esquerdo de veias periféricas da cliente. As injeções do sangue colhido foram feitas nos músculos ventroglúteo, glúteos máximos e mínimo direito e esquerdo, também se alternando as regiões de aplicação e aplicando-se 5 ml em cada uma das quatro regiões por via intramuscular profunda, utilizando-se seringa de 20 ml e agulhas 25X7 para punção e 30X8 para as aplicações. A cliente também usava óleo de alecrim nas lesões. Tentou-se proporcionar assistência integral à cliente, direcionando atenção especial aos seus aspectos bio-psico-espirituais, disponibilizando apoio emocional e estímulo cooperativo durante o tratamento. Ao término das 20 aplicações de auto-hemoterapia, a cliente apresentou melhora significativa do quadro clínico.

Conclusão 
No estudo de caso aqui descrito, utilizou-se como tratamento auxiliar a auto-hemoterapia, terapia natural que embora não tenha sido corrobada enquanto prática legal vem mostrando outras diretrizes que busquem trabalhar de forma pareada (conjunta/coadjuvante) com as terapias convencionais. Frente às discussões acerca da efetividade e consolidação da auto-hemoterapia, concluímos que a mesma como fator de incremento da imunidade natural do organismo, mostrou-se eficiente ao ser utilizada como um tratamento coadjuvante em feridas da pele. Parafraseando KUHNEL (2000). E a nós destinou-se a tarefa de contribuir para a aquisição de novos saberes e fomentar estudos que evidencie e comprove a efetividade desta prática.

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